Eu sou a bruxa má,
que no alto da minha torre
Aprisiono minha gastrite
e a minha dor de cabeça
Nos meus portões não entram
Nem a fome, nem a guerra
Porque sou protegida
Por meus porteiros paraíbas
Vivo na escuridão
do meu insulfilm
E as magras princesas
me sorriem
Da janela iluminada
no meio da minha sala
E mesmo nunca descendo
ao mundo real
Minhas magias atingem
o mundo inteiro
Pela fibra ótica
eu destilo meu veneno
Se as grades escondem
o meu rosto feio
Minhas palavras revelam
todo o meu pensamento
médio e pequeno.
15/07/2003