quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bruxa média

Eu sou a bruxa má,

que no alto da minha torre

Aprisiono minha gastrite

e a minha dor de cabeça

Nos meus portões não entram

Nem a fome, nem a guerra

Porque sou protegida

Por meus porteiros paraíbas

Vivo na escuridão

do meu insulfilm

E as magras princesas

me sorriem

Da janela iluminada

no meio da minha sala

E mesmo nunca descendo

ao mundo real

Minhas magias atingem

o mundo inteiro

Pela fibra ótica

eu destilo meu veneno

Se as grades escondem

o meu rosto feio

Minhas palavras revelam

todo o meu pensamento

médio e pequeno.

15/07/2003