domingo, 1 de dezembro de 2013

Caio, a vítima.

Caio (nome fícticio) se matou na noite desta sexta-feira, sozinho em seu apartamento próximo à Avenida Paulista. O fato aconteceu três semanas depois que sua ex-namorada divulgou fotos e vídeos íntimos de Caio na Internet. A repercursão negativa da exposição pessoal na rede causou graves consequências na vida do jovem universitário de 22 anos. Depois de ter de deixar o emprego e apagar seus perfis nas redes sociais devido ao assédio que vinha sofrendo de mulheres e homens oferecendo favores sexuais, ofendendo e condenando sua atitude, ele não aguentou. 

Infelizmente em nossa sociedade atual um homem não pode exercer sua sexualidade de forma plena. Além de serem obrigados a cuidar da casa e das crianças, trabalharem mais por menos dinheiro e serem mortos e violentados todos os dias apenas por serem homens, ainda há essa importante conquista na luta pela igualdade de gênero. Para um homem, falar abertamente que gosta de sexo ainda é considerado feio  e condenável.

Muitos casos como esses ocorridos nos últimos tempos também  mostram as mudanças ocorridas na sociedade com a facilidade de produção e circulação de conteúdo e os homens devem tomar alguns cuidados para não ocorrer o mesmo que se passou com Caio, que teve de dar fim à própria vida porque teve sua intimidade exposta. 

Aqui vão algumas dicas da Delegada Norma Marrana do 69º DP:

-Selecione bem  as mulheres com quem sai, não se deixe enganar por boas aparências e dinheiro;
-Procure saber se o momento é adequado e se a mulher realmente respeita você;
-Não fique se exibindo em lugares públicos e evite beber muito;
-Não participe de sexo grupal quando alguém aponta uma câmera para você.


Comentários:

Douglas Silva disse Interessante perceber que a culpa pela morte do homem é do femismo. Isso mesmo, ele não teve culpa de nada e essa namorada? Onde ela está? Qual o nome dessa canalha? Ninguém diz, ela continua sua vida normalmente. Por isso a luta Machinista tem que continuar.
1 resposta
Trolandogerao disse  Ah, tinha que ser os machinazi, vai lavar o carro em vez de ficar esfregando o pau na câmera, putinho barato, tem mais que se fuder mesmo.

Ana Padrão disse Ah, Tadinho, quem manda num se dar ao respeito. Um puto a menos nesse mundo.Tem tantos já.

Fagner Augusto disse Se pelo menos ele tivesse brochado kkkkkk

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A Balada do Nascituro


Sofia era uma mulher autônoma. Trabalhava, estudava, tinha tesão pela vida. E pelas pessoas. Enfim, tinha muitos momentos felizes, mesmo dentro da prisão na qual nos acostumamos a viver.

Porém um momento em sua vida não foi muito feliz. Sofia foi estuprada por um amigo de um colega de trabalho em uma festa. Estavam bêbados. Ela recusou a investida. Ele a atacou. Ninguém ouviu.

Exames, B.O. e humilhação depois, Sofia descobriu que estava grávida do desgraçado que fez aquilo com ela, mas mal sabia que a desgraçada era ela.

Ao correr o processo, ela também, sabe-se lá por que, foi investigada também. Desde que recomeçou a Inquisição no Brasil com o estatuto do nascituro, as coisas andam bem feias para as heréges que tiveram o azar de nascer com uma buceta no meio das pernas.

Pois bem, devassaram-lhe a vida, descobriram que ela vivia quase como um homem: transava com quem queria, bebia e até gostava de pornografia.

O estuprador foi absolvido, afinal, tratava-se de uma mulher que ousava viver seu tesão.

Proibida de abortar, foi obrigada a ter o filho que nasceu prematuro, pois ela sempre batia na barriga com raiva. 
E culpa. O bebê não tinha culpa. Nem ela. Quem tinha?

Aguentou sozinha a gravidez. A depressão não podia ser sanada com remédios. Os burocratas a internaram, amarraram-na na cama para que não pudesse fazer mal ao bebê.

Finalmente, seu corpo expulsou o parasita. Ela sofria com o ódio que tinha do bebê e com a culpa por sentir aquilo.

Não aguentou.

Assim que viu o nascituro no berço e imaginou sua vida e a deste ser dali pra frente, pulou da janela do hospital,


com ele no colo. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013



Série: Humor amargo


Numa sala muito bonita e espaçosa estão várias pessoas da alta classe paulistana conversando numa animada reunião quando alguém fala para uma mulher negra, a única negra no encontro de amigos :
-Você é uma mulher negra.
Todos se calam e olham para o homem que falou. Vários cochicham e se ouve um:
-Nossa, que gafe!
A mulher tenta se controlar, mas sai correndo aos prantos.
A mulher do homem branco diz, nervosa, a ele:
- Você só me faz passar vergonha. Precisava ser grosseiro desse jeito.
-Mas eu só disse algo que todo mundo tá vendo.
-Você não entende mesmo. Vai pedir desculpa pra mulher agora.
-Por quê?
-Como assim? – ela fala mais nervosa ainda – Você humilhou a mulher.
Ele vai até o quarto e as pessoas no caminho o olham feio.
A mulher negra está sentada cercada por outras pessoas e quando o vê começa a gritar:
-Você, seu porco, precisa falar essas coisas na frente de todos?    Eu devia te processar, seu preconceituoso 
E começa a chorar no colo de outra:
- Eu fiz de tudo, não ouço mais pagode, operei o nariz, alisei o cabelo. Pra quê? – e volta a chorar copiosamente.
Mas ele numa tentativa de consertar as coisas, dá a facada final:
-Mas não tem problema nenhum ter origem pobre, crescer na favela.
Ela começa a chorar ainda mais.
A dona da casa chega e fala para o homem:
-Desculpe, vou pedir para você se retirar . Não vou admitir comportamento racista na minha casa.
E o cara fica parado na porta sem entender enquanto sua mulher bate a porta do carro.