Você me acende, me ilumina,
e nessa loucura quente
sua língua é o fósforo
que esfrega na minha caixinha.
Nesse calor eu me encaixo
No forno embaixo do seu umbigo
Sou eu, sorvete derretendo
Em cima do seu palito
E nos nossos lençóis labaredas,
as faíscas molhadas se espalham
como líquidas serpentes
sobre nossos corpos suados.
2003
Nenhum comentário:
Postar um comentário