terça-feira, 3 de abril de 2007

Você me acende, me ilumina,
e nessa loucura quente
sua língua é o fósforo
que esfrega na minha caixinha.

Nesse calor eu me encaixo
No forno embaixo do seu umbigo
Sou eu, sorvete derretendo
Em cima do seu palito

E nos nossos lençóis labaredas,
as faíscas molhadas se espalham
como líquidas serpentes
sobre nossos corpos suados.
2003

Nenhum comentário: