terça-feira, 24 de abril de 2007

sub - MISSÃO

-Amor, você sabe que eu te adoro
e não que eu pense que vou ficar com você a vida toda.
Mas mesmo assim, quero que você fique bem.
Bem agora e sempre.
Mas essa barriga...
Tudo bem, ela ainda não atrapalha eu fazer boquete.
Mas você sabe, querido, todos esses anos juntos, percebi que ela vem crescendo e pior,
você nem gosta mais que eu morda ela.
Ainda mais que você fica fumando um maço todo dia,
era legal fazer alguma coisa a respeito disso.
A gente tem que lembrar: a idade vem chegando, a pele caindo, as taxas de colesterol subindo, mas, a vida segue e você sabe que eu vou continuar te amando.
Fazer o quê?
Então tá bem, amor, pode deixar que eu vou fazer o curso de primeiros-socorros por você... mas, não pára não, continua me beijando.

Um comentário:

Anônimo disse...

...Continua me beijando
Na pele de papel-machê
rasgando lençóis ditosos
com cheiro de suor e células.
pernas abertas como cela em alavanca.
vulto fulminante entre os fêmures
desaguam em orgasmos como fumaça no mar.


Tudo começou num beijo.
Cigarro entre dedos, pêlos entre lingua e vulva.
O botão uva flamante
ao digital polegar delirante
do con-tato- da boca,
do ranger dos dentes, da carne viril,
da virilha em decote, das ultrapassadas gírias,
do tesão recarregando pilhas,
do coro da matilha,
da seta que segue a trilha à quente e úmida mina,
à di(amant)ina, à adrenalina adormecida entre coxas,
barrigas e Deep Purple.
A cinza despenca no chão.
Pronto para outra ou estás sem fôlego?

27-04-07

Rafael dos Prazeres